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domingo, 12 de setembro de 2010

A Revolução Mexicana

A Revolução Mexicana

A Revolução iniciada em 1910 foi um grande movimento popular, anti-latifundiário e anti-imperialista, que foi responsável por importantes transformações no México, apesar da supremacia da burguesia sobre as instituições do Estado.

O PORFIRIATO

O período de 1876 a 1911 caracterizou-se pela ditadura de Porfírio Diaz, responsável pelo desenvolvimento do capitalismo mexicano, apoiado no ingresso de capitais e empresas estrangeiras e em uma política anti popular. O governo de Diaz foi dominado por uma burocracia positivista - os científicos - responsáveis pelo desenvolvimento do capitalismo associado e pela política repressiva às camadas populares. Apoiou-se ainda no exército, que possuía a função de polícia do Estado e na Igreja Católica, que apesar de estar proibida de possuir propriedades que não se destinassem ao culto, possuía grande liberdade de ação.
A principal base de apoio da ditadura foi a camada latifundiária; estes os grandes beneficiários da política do governo, que eliminou o ejido ( terras comunitárias de origem indígena ) possibilitando maior concentração fundiária e a formação de grande contingente de camponeses superexplorados.
O último pilar de sustentação do governo foi o capital estrangeiro, que durante a ditadura passou a controlar a exploração mineral, petrolífera, as estradas de ferro, bancos, produção e distribuição de energia elétrica, grande parte das indústrias e do grande comércio.

O INÍCIO DA REVOLUÇÃO

Do ponto de vista institucional, oficial, considera-se a revolução como o movimento que derrubou a ditadura e possibilitou a ascensão de Francisco Madero em junho 1911. Apesar de originário de uma família de latifundiários, Madero passou a liderar a pequena burguesia urbana, nacionalista, que organizou o movimento "Anti Reeleicionista" Perseguido, foi forçado a exilar-se e tornou-se o símbolo da luta contra a ditadura para as camadas urbanas, inclusive o proletariado.
No entanto, o movimento revolucionário possuía outra dimensão: os camponeses do sul, liderados por Emiliano Zapata, invadiam e incendiavam fazendas e refinarias de açúcar, e ao mesmo tempo organizavam um exército popular. Ao norte, o movimento camponês foi liderado por Pancho Villa , também defendendo a reforma agrária.
Os exércitos camponeses ao longo de 1910 e 1911 ampliaram sua atuação, combateram o exército federal e os grandes proprietários, conquistando vilas e cidades em sua marcha em direção à capital.

A REVOLUÇÃO POPULAR

Em novembro de 1911, Zapata define o Plano de Ayala, propondo a derrubada do governo de Madero e um processo de reforma agrária sob controle das comunidades camponesas. O plano defendia a reorganização do ejido, a expropriação de um terço dos latifundiários mediante indenização e nacionalização dos bens dos inimigos da revolução. A existência de um exército popular organizado e armado era visto como uma ameaça pelo novo governo, pela velha elite e pelos EUA. O avanço popular era contínuo, pois apesar das mudanças no governo, as estruturas sócio econômicas permaneciam sem alterações.

A deposição e assassinato de Madero em 1913 e a ascensão do general Vitoriano Huerta, apoiado pelos porfiristas somente fez crescer as lutas camponesas e desencadeou nas cidades um movimento constitucionalista, que levaria ao poder Venustiano Carranza em 1914.

O governo Carranza adotou uma série de medidas para consolidar as estruturas políticas: promoveu intenso combate às forças populares tanto no sul como no norte do país, adotou medidas nacionalistas que levariam a nacionalização do petróleo ao mesmo tempo em que fez concessões às grandes empresas norte americanas e organizou uma Assembléia Constituinte (excluindo a participação camponesa).

Toda essa situação e a nova Constituição de 1917, considerada extremamente progressista, somente foi possível pela grande pressão popular e pelo envolvimento do México e das grandes potências na Primeira Guerra Mundial.
A Constituição de 17, garantia os direitos individuais, o direito à propriedade, leis trabalhistas, reconhecia o ejido e regulava a propriedade do Estado sobre as terras , águas e riquezas do subsolo; e em parte serviu para desmobilizar os camponeses, fato que contribuiu para o assassinato do líder agrarista Zapata

México: fim da hegemonia do P.R.I

México: fim da hegemonia do P.R.I

INTRODUÇÃO




O Presidente eleito Vicente Fox


As eleições presidenciais que ocorreram no México em 2 de Julho marcaram o fim da hegemonia política do PRI, que controlou a vida política do país nos últimos 71 anos, através do controle da máquina pública e de um sistema baseado na corrupção, formando a "Ditadura Perfeita" termo usado pelo fato de o partido oficial ter-se sustentado no poder sem golpes, preservando as eleições e o pluripartidarismo.
O presidente eleito, Vicente Fox, representa os setores mais conservadores da sociedade mexicana, é considerado de direita e contou com o apoio da Opus Dei; no entanto catalizou a insatisfação do eleitorado mexicano em relação ao controle do país pelo P.R.I há décadas.




Bandeira do Partido de Ação Nacional



A ORIGEM DO PODER

Com o assassinato de Zapata em 1919 termina a primeira fase da Revolução Mexicana. A segunda etapa foi marcada pela ascensão do General Álvaro Obregón ao poder, iniciando a Reconstrução Nacional, período onde os líderes do país procuraram definir as feições do novo Estado. De um lado havia uma nova Constituição, aprovada em 1917, que representava uma grande derrota para os setores mais conservadores da sociedade como a oligarquia agrária e a Igreja Católica. A organização popular foi mantida assim como os direitos trabalhistas, iniciou-se um processo de reforma agrária sob controle do Estado e definiu-se uma política de nacionalização das empresas estrangeiras, particularmente aquelas que exploravam petróleo e minério. A política nacionalista foi levada adiante lentamente, pois todas as mudanças foram antecipadamente discutidas com os EUA.

Em 1924 foi eleito Elias Calles que deu continuidade ao discurso nacionalista, ampliou a reforma agrária e manteve o controle sobre o movimento operário, já sob o comando de líderes pelegos. Durante esse período foi criado o banco do México e foram aplicadas as leis Anti Clericais, responsáveis por violenta rebelião camponesa, que estendeu-se de 1927 a 1930. O final do governo de Calles foi caracterizado por intensas disputas políticas envolvendo diversas facções dos grupos que se diziam representantes da revolução. A crise política interna e a crise que se abateu no país a partir de 1929 ( quebra da Bolsas de Valores de NY) foi responsável pela formação de uma grande aliança política envolvendo os "revolucionários"




Bandeira do PRI



ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA

Em 1929, Calles conseguiu reunir as diversas facções políticas e formar o Partido Nacional Revolucionário, que a partir de 1938 adotou o nome de Partido da Revolução Mexicana e em 1946 passou a chamar-se Partido Revolucionário Institucional (PRI) nome que mantêm ainda hoje.
Neste período destacou-se o governo de Lázaro Cárdenas (1934 -- 40) que preservou o discurso nacionalista, o controle sobre o movimento sindical, normalizou as relações com a Igreja e com os EUA e promoveu a "modernização do País" exemplificando bem o significado do populismo na América Latina. O governo Cárdenas manteve-se dentro dos limites da democracia tradicional e burguesa, e apesar da declaração de princípios do PRM, o México jamais teve um governo dos trabalhadores ou uma democracia popular.




Presidente Lázaro Cárdenas (1934 -- 40)


A modernização do país troxe alguns benefícios econômicos a classe operária, no entanto, manteve atrelada ao Estado, que procurava manter o equilíbrio entre patrões e trabalhadores. Dessa maneira o movimento de massa teve que apoiar-se em instituições do Estado, como, o exército, o poder executivo e claro, o Partido, responsável por cooptar grande parte dos trabalhadores a partir de uma plítica de favores desenvolvida pela máquina pública.

Pirâmides no México

Pirâmides no México

Descoberta pirâmide em bairro da Cidade do México


Arqueólogos descobriram uma pirâmide de 1.500 anos enterrada sob uma colina em um dos subúrbios mais pobres e violentos da Cidade do México.
Os cientistas acreditam que ela tenha sido construída pelo mesmo povo ancestral responsável pelo complexo de Teotihuacan, que inclui as famosas pirâmides do Sol e da Lua.
Partes da estrutura estão bastante danificadas pois a colina vem sendo utilizada há décadas como palco de encenações da crucificação de Cristo durante a Semana Santa, que costumam contar com a presença de mais de 1 milhão de pessoas.

Arqueólogos descobriram uma pirâmide de 1.500 anos enterrada sob uma colina em um dos subúrbios mais pobres e violentos da Cidade do México.
Os cientistas acreditam que ela tenha sido construída pelo mesmo povo ancestral responsável pelo complexo de Teotihuacan, que inclui as famosas pirâmides do Sol e da Lua.
Partes da estrutura estão bastante danificadas pois a colina vem sendo utilizada há décadas como palco de encenações da crucificação de Cristo durante a Semana Santa, que costumam contar com a presença de mais de 1 milhão de pessoas.
A pirâmide tem 18 metros de altura e cada um de seus quatro lados, 150 metros.

Herança
Ela foi abandonada em cerca de 800 d.C., quando aconteceu o colapso da cultura Teotihuacan.
"Quando os habitantes locais nos viram cavando, eles não acreditavam que pudesse existir uma pirâmide ali", disse o arqueologista Jesus Sanchez, que explora o local desde 2004.
"Eles acreditaram em nós apenas quando as formas e os pisos com altares foram encontrados."
"A maioria deles está orgulhosa e nos ajudou muito a proteger as relíquias."
A encenação popular da Paixão de Cristo teve início em 1833, para agradecer a uma suposta proteção divina durante um surto de cólera.
O local não deve ser totalmente explorado por ser atualmente considerado de importância religiosa, segundo Sanchez.
"Tanto a estrutura pré-hispânica como os rituais da Semana Santa são parte de nossa herança cultural, portanto temos que descobrir maneiras de protegê-los."

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cidade do México

Cidade do México

Informações e dados da cidade de Cidade do México, economia, geografia, dados sociais,
pontos turísticos e culturais, informações gerais, foto, clima, turismo, capital do México

foto da cidade do México

Cidade do México: uma das mais populosas da América


DADOS E INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

País que Pertence: México
Data de Fundação:
1325 (fundada pelos astecas)
Gentílico:
capitalino
População:
8,72 milhões de habitantes
Área (em km²):
1.479
Densidade Demográfica (habitantes por km²):
5.896
Altitude: 2.235 metros
Principais Atividades Econômicas: indústria, comércio, serviços e finanças.
Rio Principal: rio Xochimilco
Temperatura média anual: 20 °C
Clima: temperado
Índice Pluviométrico anual: 550 mm


PONTOS TURÍSTICOS E CULTURAIS

- Centro Histórico
- Auditório Nacional
- Palácio de Belas Artes
- Teatro da Cidade
- Bosque e Zoológico de Chapultepec
- Bosque de Aragón
- Parque Hundido
- Parque Natural Sierra de Guadalupe.
- Kiosco Morisco
- Museu Nacional de Arte MUNAL
- Palácio Postal


OUTRAS INFORMAÇÕES

- Outras Informações: Site Oficial da Cidade

Pontos Turísticos e Culturais do México

Pontos Turísticos e Culturais do México
Os pontos turísticos e culturais mais conhecidos do México, informações, fotos, localização


Parque Hundido (Cidade do México), Planetário Alfa (Monterrey), Catedral Metropolitana (Guadalajara) e Palácio Zacapoxtla (Puebla)


Introdução

O México é um país que possui uma grande quantidade de pontos turísticos e culturais. Em função de seu rico passado e da boa fase de desenvolvimento econômico, podemos encontrar em seu território, locais que atendem ao gosto de vários tipos de turistas. São diversos museus, parques, monumentos, pirâmides antigas, cidades antigas, prédios históricos e muito mais.

Principais pontos turísticos e culturais do México:

Na Cidade do México (capital)

- Centro Histórico
- Auditório Nacional
- Palácio de Belas Artes
- Teatro da Cidade
- Bosque e Zoológico de Chapultepec
- Bosque de Aragón
- Parque Hundido
- Parque Natural Sierra de Guadalupe.
- Kiosco Morisco
- Museu Nacional de Arte MUNAL
- Palácio Postal

Em Monterrey

- Planetário Alfa
- Museu de História Mexicana
- Museu de Arte Contemporânea
- Museu do Palácio do Governo
- Museu de História Natural
- Museu do Vidro
- Casa da Cultura de Nuevo Leon
- Centro das Artes
- Pinacoteca Colégio Civil
- Teatro da Cidade de Monterrey
- Bairro Antigo
- Parque Fundidora
- Mirador "El Obispado"
- A Grande Praça
- Parque Lineal Río Santa Catarina
- Kidzania (parque infantil)

Em Guadalajara

- Instituto Cultural Cabañas
- Museu de Cera
- Museu da Cidade
- Museu de Artes Populares
- Biblioteca Ibero-americana
- Teatro Diana
- Catedral Metropolitana
- Teatro Degolado
- Teatro Galerías
- Hospício Cabañas
- Colônia Americana
- Zona de Minerva
- Parque dos Colomos
- Centro Magno
- Museu Guggenheim de Guadalajara
- Palácio do Governo
- Praça das Armas
- Os Arcos de Guadalajara
- Palácio Municipal
- Templo Expiatório

Em Puebla de Zaragoza

- Catedral de Puebla
- Centro Histórico de Puebla
- Capela do Rosário
- Praça Zocalo Zacapoaxtla
- Palácio Zacapoxtla
- Fonte na praça Zocalo
- Museu Casa de Alfeñique

Em León

- Praça dos Mártires
- Casa Municipal de León
- Torres de Lomas do Grande Jardim
- Monumento a Industria de calçado
- Praça principal de León
- Catedral Metropolitana de León
- Portal da Cidade

Lista de cidades do México

Lista de cidades do México

Relação com as principais cidades mexicanas, municípios mexicanos



Cidade do México: capital e cidade mais populosa do México


Lista das principais cidades do México

Cidade do México
Ecatepec de Morelos
Tijuana
Ciudad Juárez
Guadalajara
Puebla
León
Nezahualcóyotl
Monterrey
Zapopan
Naucalpan
Guadalupe
Mérida
Chihuahua
Chimalhuacán
Cancún
San Luis Potosí
Aguascalientes
Tlalnepantla de Baz
Querétaro
Saltillo
Acapulco
Hermosillo
Mexicali
Morelia
Culiacán
Veracruz
Reynosa
López Mateos
Toluca
Tuxtla Gutiérrez
Tlaquepaque
Torreón
Cuautitlán Izcalli
Tonalá
San Nicolás de los Garza
Ixtapaluca
Matamoros
Durango
Xalapa
Apodaca
General Escobedo
Vale del Chalco

Informações do México

México

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Bandeira do México

DADOS PRINCIPAIS

ÁREA: 1.972.547 km²
CAPITAL: Cidade do México
POPULAÇÃO: 109,6 milhões (estimativa 2009)
MOEDA: peso mexicano
NOME OFICIAL
:
ESTADOS UNIDOS MEXICANOS
NACIONALIDADE: mexicana
DATA NACIONAL:
5 de fevereiro (Dia da Constituição); 16 de setembro (Independência); 20 de novembro (aniversário da Revolução).

GEOGRAFIA DO MÉXICO

MAPA MÉXICO
LOCALIZAÇÃO: sul da América do Norte
FUSO HORÁRIO: - 3 horas em relação à Brasília
CLIMA do México
:
tropical (maior parte), árido tropical (N), de montanhas
CIDADES do México (PRINCIPAIS)
: Cidade do México; Guadalajara, Netzahualcóyotl, Puebla de Zaragoza, Monterrey, León, Juárez, Acapulco, Mérida, San Luis Potosi, Ciudad Victoria.
COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO:
eurameríndios 60%, ameríndios 30%, europeus ibéricos 9%, outros 1% (censo de 1996).

IDIOMAS: espanhol (oficial ) línguas regionais (principal: náhuatl).

RELIGIÃO: cristianismo 94,6% (católicos 89,7%, protestantes 4,9%), judaísmo 0,1%, sem filiação 3,2%, outras 2,1% (1990)

DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 55,2 hab./km2.

CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 1,5% ao ano

TAXA DE ANALFABETISMO: 7,2%

RENDA PER CAPITA: US$ 10.090 (em 2008).

IDH: 0,854 (2007) - elevado

ECONOMIA DO MÉXICO :
Produtos Agrícolas:
café, algodão em pluma, cana-de-açúcar, tomate, milho, trigo, sorgo, feijão, batata, frutas cítricas
Pecuária:
bovinos, suínos, eqüinos, aves.
Mineração:
petróleo, gás natural, sal, prata, zinco, cobre.
Indústria
:
automobilística, alimentícia, bebidas, siderúrgica, química, máquinas (elétricas), extração e refino de petróleo.
PIB: US$ 1,1 trilhão (2008)

RELAÇÕES INTERNACIONAIS:

APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), FMI, Banco Mundial, Grupo do Rio, NAFTA, OCDE, OEA, OMC, ONU ALADI (Associação Latino-Americana de Integração).

Consulado do México em São Paulo:
Rua Holanda, 274, Jardim Europa
CEP 01446-030 - São Paulo - SP
tel. (0xx11) 3576-5400
fax (0xx11) 3576-5408

Embaixada do México
SES - Av. das Nações, Qd. 805. lote 18 - Brasília, DF.
Tel. (061) 3204-5200, fax (061) 3204-5201
E-mail: embamexbra@cabonet.com.br



quarta-feira, 21 de julho de 2010

México[5], oficialmente denominado Estados Unidos Mexicanos, é uma república democrática, representativa e federal integrada por 32 entidades federais que ocupa a parte meridional da América do Norte. De acordo com a Constituição, a sede dos poderes da federação é a Cidade do México, cujo território foi designado como Distrito Federal.

Limita-se ao norte com os Estados Unidos da América; ao leste com o Golfo do México e o Mar do Caribe, ao sudoeste com Belize e Guatemala e ao oeste com o Oceano Pacífico. A superfície mexicana ocupa uma extensão cerca de 2 milhões de km², que o coloca na décima quarta posição dos países do mundo ordenados por área. Além do território continental e ilhas adjacentes à costa, o México inclui também as Ilhas Revillagigedo, localizadas no Oceano Pacífico, a mais de 400 km a sul do Cabo San Lucas, na Baja California Sur. Neste território, existem mais de 107 milhões de pessoas, o que a coloca como a maior nação hispano-falante. Por outro lado, o espanhol convive com muitas línguas indígenas, reconhecidas oficialmente como nacionais pelo Estado mexicano.

O povoamento deste território foi iniciado possivelmente entre doze e quatorze mil anos atrás (ainda há dúvidas em relação ao momento em que chegaram os primeiros povoadores do continente), período em que se sucederam tanto as culturas mesoamericanas agrícolas como a dos nômades da Aridoamérica e dos povos oasisamericanos. Depois da conquista espanhola, o país iniciou a luta por sua independência política em 1810. Posteriormente, durante cerca de um século o país se viu envolvido em uma série de guerras internas e invasões estrangeiras que tiveram repercussões em todos os âmbitos da vida dos mexicanos. Durante boa parte do século XX (principalmente na primeira metade) teve lugar um período de grande crescimento econômico marcada por uma política dominada por um só partido político.

Pelo volume líquido de seu Produto Interno Bruto (PIB), o México é considerado a décima terceira economia mundial[6] - apesar de, em 2001, representar a nona maior economia.[7] Entretanto, a repartição da riqueza é tão desigual que no país coexistem município com índices de desenvolvimento humano similares ao de nações como Alemanha[8] e Síria.[9] Durante uma boa parte do século XX, a principal fonte de divisas estrangeiras do país foi a venda do petróleo. Entretanto durante este século teve lugar um processo de industrialização que permitiu ao país diversificar sua economia. As remessas dos trabalhadores mexicanos no exterior vêm crescendo a cada ano, sendo 3% do PIB nacional e uma das principais fontes de renda para o país, precisamente ao lado da quantidade por exportações de petróleo e o turismo.[10] Outro grande problema social é o aumento dos índices de violência e atos de delinquência no país,[11] especialmente com relação ao narcotráfico.

História

Fogueiras encontradas no Vale do México foram radiocarbono-datadas para 21.000 a.C., e algumas ferramentas de pedra foram encontrados perto das fogueiras, indicando a presença de humanos naquela época.[12] Há cerca de 9.000 anos, antigos povos indígenas domesticaram o milho e iniciaram uma revolução agrícola, levando à formação de muitas civilizações complexas. Entre 1.800 e 300 a.C., muitos evoluíram para avançadas civilizações pré-colombianas da Mesoamérica, tais como: os olmecas, os teotihuacan, os maias, os zapotecas, os mixtecas, os toltecas e os astecas, as quais floresceram durante quase 4.000 anos antes do primeiro contato com europeus.

Essas civilizações são creditadas com muitas invenções e avanços em campos como a arquitetura (templos-pirâmides), matemática, astronomia, medicina e teologia. Os astecas foram notáveis pela prática de sacrifícios humanos em larga escala.[13] No seu auge, Teotihuacan, que contém algumas das maiores estruturas piramidais construídas na América pré-colombiana, tinha uma população de mais de 150.000 pessoas.[14] Estimativas da população antes da conquista espanhola são apontam de 6 a 25 milhões de habitantes na região do atual México.[15][16]

Miguel Hidalgo y Costilla "O Pai do México".

No início do século XVI, a partir do desembarque de Hernán Cortés, a civilização asteca foi invadida e conquistada pelos espanhóis.[17] Introduzida de forma acidental pelos conquistadores espanhóis, a varíola devastou a Mesoamérica em 1520, matando milhões de astecas,[18] incluindo o imperador, e foi creditado com a vitória de Hernán Cortés sobre o império asteca.[19] O território tornou-se parte do império espanhol, sob o nome de Nova Espanha. Grande parte da identidade, tradições e arquitetura do México foram criados durante o período colonial.

Em 16 de setembro de 1810, a independência da Espanha foi declarada pelo padre Miguel Hidalgo y Costilla, na pequena cidade de Dolores Hidalgo, Guanajuato.[20] O primeiro grupo insurgente era formado por Hidalgo, o vice-rei capitão do exército espanhol Ignacio Allende, o capitão de milícias Juan Aldama e "La Corregidora" Josefa Ortiz de Domínguez. Hidalgo e alguns de seus soldados foram capturados e executados por um pelotão de fuzilamento em Chihuahua, em 31 de julho de 1811. Após sua morte, a liderança foi assumida pelo padre José María Morelos, que ocupou principais cidades do sul.

Em 1813, o Congresso de Chilpancingo foi convocado e, em 6 de novembro, assinou a "ata solene da declaração de independência da América Setentrional". Morelos foi capturado e executado em 22 de dezembro de 1815. Nos anos seguintes, a revolta estava perto do colapso, mas em 1820 o vice-rei Juan Ruiz de Apodaca enviado um exército sob o general crioulo Agustín de Iturbide contra as tropas de Vicente Guerrero. Em vez disso, Iturbide se aproximou Guerrero para juntar forças, e em 1821 os representantes da Coroa espanhola e Iturbide assinaram o "Tratado de Córdoba", que reconheceu a independência do México, nos termos do "Plano de Iguala".

Evolução territorial do México desde 1821.

Agustín de Iturbide imediatamente proclamou-se imperador do Primeiro Império Mexicano. A revolta contra ele, em 1823, estabeleceu os Estados Unidos Mexicanos. Em 1824, a Constituição da República foi elaborada e Guadalupe Victoria tornou-se o primeiro presidente do recém-nascido país. As primeiras décadas do período pós-independência foram marcados pela instabilidade econômica, que levou à Guerra dos pastéis em 1836, e uma luta constante entre liberales, adeptos de uma forma de governo federal, e conservadores, adeptos de uma forma hierárquica de governo.[21]

General Antonio López de Santa Anna, um centralista e ditador por duas vezes, aprovou as Siete Leyes em 1836, uma alteração radical que institucionalizou a forma centralizada de governo. Quando ele suspendeu a Constituição de 1824, espalhou a guerra civil em todo o país, e três novos governos declararam a independência: a República do Texas, a República do Rio Grande e da República de Yucatán.

O Texas obteve sucesso com a sua independência e foi anexado pelos Estados Unidos. Uma disputa de fronteira levou à Guerra Mexicano-Americana, que começou em 1846 e durou dois anos, a guerra foi resolvida através do "Tratado de Guadalupe-Hidalgo", que forçou o México a ceder quase a metade de suas terras para os Estados Unidos, incluindo a Califórnia e o Novo México. Transferências muito menores do território, em partes do sul do Arizona e do Novo México - Compra Gadsden - ocorreram em 1854. A Guerra das Castas de Yucatán, a revolta maia, que começou em 1847,[22] foi uma das mais bem sucedidas revoltas modernas de indígenas americanos.[23] Rebeldes Maya, ou cruzo, mantido enclaves relativamente independente até 1930.[24]

Insatisfação com o retorno de Santa Anna ao poder levou ao liberal "Plano de Ayutla", iniciando uma era conhecida como La Reforma, depois que uma nova Constituição foi elaborada em 1857 e estabeleceu um estado secular, o federalismo como a forma de governo, e várias liberdades. Como o conservadores se recusaram a reconhecer isso, a Guerra da Reforma começou em 1858, durante a qual ambos os grupos tinham seus próprios governos. A guerra terminou em 1861 com a vitória dos liberales, liderados pelo presidente ameríndio Benito Juárez. Nos anos 1860 o México sofreu uma ocupação militar da França, que criou o Segundo Império Mexicano sob o domínio do arquiduque Habsburgo Ferdinando Maximiliano da Áustria com o apoio do clero católico romano e dos conservadores, que mais tarde trocaram de lado e se juntaram ao liberales. Maximiliano rendeu-se, foi julgado em 14 de junho e foi executado em 19 de junho de 1867.

Porfirio Díaz, um general republicano durante a intervenção francesa, governou o México de 1876-1880 e depois de 1884-1911, em cinco reeleições consecutivas, período conhecido como Porfiriato, caracterizado por notáveis realizações econômicas, investimentos nas artes e ciências, mas também de desigualdade econômica e de repressão política.[25]

Século XX

A provável fraude eleitoral que levou à quinta reeleição de Díaz provocou a Revolução Mexicana de 1910, inicialmente liderada por Francisco I. Madero.

Díaz renunciou em 1911 e Madero foi eleito presidente, mas deposto e assassinado durante um golpe de Estado dois anos depois, dirigido pelo conservador general Victoriano Huerta. Evento esse que re-iniciou a guerra civil, envolvendo figuras como Francisco Villa e Emiliano Zapata, que formaram suas próprias forças. A terceira força, o exército constitucional liderado por Venustiano Carranza, conseguiu pôr fim à guerra, e radicalmente alterou a constituição de 1857 para incluir muitas das premissas e demandas sociais dos revolucionários, o foi eventualmente chamada de Constituição de 1917. Estima-se que a guerra matou 900 mil pessoas de uma população de 15 milhões de habitantes em 1910.[26][27]

Assassinado em 1920, Carranza foi sucedido por um outro herói revolucionário, Álvaro Obregón, que por sua vez foi sucedido por Plutarco Elías Calles. Obregón foi reeleito em 1928, mas assassinado antes que ele pudesse assumir o poder. Em 1929, Calles fundou o Partido Nacional Revolucionário (PNR), mais tarde rebatizado de Partido Revolucionário Institucional (PRI), e iniciou um período conhecido como Maximato, que terminou com a eleição de Lázaro Cárdenas, que implementou várias reformas econômicas e sociais, e mais significativamente expropriou a indústria petrolífera na PEMEX em 18 de março de 1938, mas provocou uma crise diplomática com os países cujos cidadãos tinham perdido negócios pela medida radical de Cárdenas.

Cerimônia de assinatura do NAFTA, outubro de 1992. Da esquerda para a direita (em pé) Presidente Carlos Salinas de Gortari, Presidente George H. W. Bush, Primeiro-ministro Brian Mulroney. (Sentados) Jaime Serra Puche, Carla Hills, Michael Wilson.

Entre 1940 e 1980, o México experimentou um substancial crescimento econômico que alguns historiadores chamam de "milagre mexicano".[28] Embora a economia tenha continuado a florescer, a desigualdade social continuou a ser um fator de descontentamento. Além disso, o governo do PRI tornou-se cada vez mais autoritário e às vezes opressivo[29] (i.e.: Massacre de Tlatelolco em 1968,[30] que custou a vida de cerca de 30-800 manifestantes).[31]

As reformas eleitorais e os preços elevados do petróleo seguiram a administração de Luis Echeverría,[32][33] a má gestão destas receitas levou a inflação e agravou a crise de 1982. Naquele ano, os preços do petróleo despencaram, as taxas de juros subiram e o governo honrou sua dívida. Presidente Miguel de la Madrid recorreu à desvalorização da moeda, que por sua vez, provocou inflação.

Vicente Fox foi o primeiro presidente de um partido da oposição a ganhar a eleição presidencial mexicana em 70 anos.

Na década de 1980, primeiras rachaduras na posição de monopólio político do PRI eram vistos como a eleição de Ernesto Ruffo Appel em Baja California e a fraude eleitoral em 1988, o que impediu o candidato de esquerda Cuauhtémoc Cárdenas de ganhar as eleições presidenciais nacionais, que perdeu para Carlos Salinas de Gortari, levando a protestos maciços na Cidade do México.[34]

Salinas embarcou em um programa de reformas neoliberais, que fixou a taxa de câmbio, controlou a inflação e culminou com a assinatura do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), que entrou em vigor em 1 de janeiro de 1994. No mesmo dia, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) iniciou uma rebelião armada de duas semanas de duração contra o governo federal, e continuou como um movimento de oposição não violento contra o neoliberalismo e a globalização.

Em dezembro de 1994, um mês depois de Salinas ter sido sucedido por Ernesto Zedillo, a economia mexicana entrou em colapso, com um rápido pacote de regaste estadunidense autorizado pelo presidente Bill Clinton e com as principais reformas macroeconômicas iniciadas pelo presidente Zedillo, a economia recuperou-se rapidamente e atingiu um crescimento de quase 7% ao ano até o final de 1999.[35]

Em 2000, após 71 anos, o PRI perdeu a eleição presidencial para Vicente Fox do Partido da Ação Nacional (PAN), de oposição. Após as eleições presidenciais, Felipe Calderón, do PAN, foi declarado vencedor, com uma margem apertada sobre o político esquerdista Andrés Manuel López Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD). López Obrador, no entanto, contestou a eleição e se comprometeu a criar um "governo alternativo".[36]

Geografia

Imagem de satélite do México.

O México está localizado a cerca de 23 ° N e 102 ° W[37] na porção sul da América do Norte.[38][39] Quase todo o México está na Placa Norte-americana, com pequenas partes da península de Baja California nas placas do Pacífico e de Cocos. Geofisicamente, alguns geógrafos incluem o território a leste do Istmo de Tehuantepec (cerca de 12% do total) na América Central.[40] Geopoliticamente, no entanto, o México é totalmente considerado parte da América do Norte, juntamente com o Canadá e com os Estados Unidos.[41][42]

A área total do México é 1.972.550 km², tornando-o 14º maior país do mundo em área total, e inclui cerca de 6.000 km² de ilhas no Oceano Pacífico (incluindo o controle remoto Guadalupe e das Ilhas Revillagigedo), Golfo do México, Caribe e no Golfo da Califórnia. No norte, o país divide uma fronteira de 3141 km com os Estados Unidos. Os meandros do Río Bravo del Norte (conhecido como Rio Grande, nos Estados Unidos) definem a Fronteira Estados Unidos-México a leste de Ciudad Juárez até o Golfo do México. Uma série de marcadores naturais e artificiais delineam o resto da fronteira a oeste de Ciudad Juárez até o Oceano Pacífico. Ao sul, o México divide uma fronteira de 871 km com a Guatemala e outra com 251 km com Belize.

Topografia

Mapa topográfico do México.

O México é atravessado de norte a sul por duas cadeias de montanhas conhecidas como Sierra Madre Oriental e Sierra Madre Ocidental, que são a extensão das Montanhas Rochosas do norte da América do Norte. De leste a oeste, no centro, o país é atravessado pelo Eixo Neovulcânico também conhecido como Serra Nevada. Uma quarta cordilheira, a Sierra Madre del Sur, vai de Michoacán até Oaxaca.[43]

Como tal, a maioria dos territórios do México central e do norte estão localizadas em altitudes elevadas, e as maiores elevações são encontradas no Eixo Neovulcânico: Pico de Orizaba (5.700 m), Popocatépetl (5.462 m), Iztaccíhuatl (5.286 ) e o Nevado de Toluca (4.577 m). Três grandes aglomerações urbanas estão localizadas nos vales entre essas quatro elevações: Toluca, Grande Cidade do México e Puebla.[43]

Clima

Litoral de Cancún, Quintana Roo.

O Trópico de Câncer efetivamente divide o país em zonas temperadas e tropicais. Terras ao norte do vigésimo quarto paralelo têm temperaturas mais baixas durante os meses de inverno. Ao sul do vigésimo quarto paralelo, as temperaturas são constantes durante todo o ano e variam apenas em função da altitude. Isto dá o México um dos sistemas climáticos mais diversos do mundo.

Áreas ao sul do vigésimo quarto paralelo com elevações de até 1.000 m (a parte sul de ambas as planícies costeiras, bem como a Península de Yucatán), tem uma temperatura média anual entre 24-28 °C. As temperaturas permanecem elevadas aqui durante todo o ano, com apenas 5 °C de diferença entre o inverno e o verão, na temperatura média. Ambas as costas do México, com exceção do litoral sul da Baía de Campeche e do norte de Baja California, também são vulneráveis aos furacões graves durante o verão eo outono. As áreas baixas ao norte do vigésimo quarto paralelo são quentes e úmidas durante o verão, que geralmente têm menor temperatura média anual (20-24 °C) por causa de condições mais moderadas durante o inverno.

Muitas das grandes cidades no México, estão localizados no Vale do México ou nos vales adjacentes, com altitudes geralmente acima de 2.000 m . Isto dá-lhes um clima temperado durante todo o ano, com temperaturas médias anuais (16-18 °C) e temperaturas frescas do à noite durante todo o ano.

Muitas partes do México, especialmente no norte, tem um clima seco com chuvas esporádicas, enquanto as partes das planícies tropicais do sul têm uma média de mais de 2.000 mm de precipitação anual. Por exemplo, muitas cidades no norte do país, como Monterrey, Hermosillo e Mexicali experimentam temperaturas de 40 °C ou mais no verão. No deserto de Sonora as temperaturas atingem 50 °C ou mais. O norte do México é caracterizado pelo deserto, porque está localizado em uma latitude em que todos os desertos ao redor do globo são formados.[44]

Hidrografia

Os rios do México se agrupam em três aspectos: A vertente do Pacífico, a do Golfo e a vertente interior. O mais largo dos rios mexicanos é o Bravo, da vertente do Golfo. Ele tem 3.034 km de extensão, e serve como limite com os Estados Unidos. Outros rios desta vertente são o Usumancita, que faz o limite com a Guatemala; o rio Grijalva, talvez seja o rio que tenha a maior quantidade de água do país; e o rio Pánuco, cuja bacia faz parte do Vale do México.

No Pacífico desembocam os rios Lerma e Balsas, que têm vital importância para as cidades das terras altas do México, os rios Sonora, Fuerte, Mayo e Yaqui, sustentam a próspera agricultura do noroeste do país e o rio Colorado, que é compartilhado com os Estados Unidos. Os rios interiores, ou seja, aqueles que não desembocam no mar, são curtos e têm pouco volume. Destacam-se o rio Casas Grandes no Chihuahua e o Nazas, em Durango. A maior parte dos rios do México têm pouco volume, e quase nenhum deles é navegável.

O México abriga numerosos lagos e lagoas em seu território, mas a maioria é pequena. O mais importante é o lago de Chapala, no estado de Jalisco, que devido à superexploração está em risco de desaparecer. Outros lagos importantes são o lago de Pátzcuaro, o Zirahuén e o Cuitzero, todos eles em Michoacán. Além disso, a construção de represas tem proporcionado a formação de lagos artificiais, como o de Mil Islas, em Oaxaca.

Demografia

O México é o mais populoso país de língua espanhola do mundo e o segundo mais populoso país da América Latina, depois do Brasil. Cerca de 60% da população é de etnicidade mestiça (os mestizos), 15% são ameríndios e 25% de origem europeia.

O país é predominantemente católico romano (89%), com 6% de adesão a várias fés protestantes e os restantes 5% ou a aderir a religiões menores ou sem religião.

Durante todo o século XIX, a população do México, mal tinha dobrado. Esta tendência continuou durante as primeiras duas décadas do século XX, e ainda assim, no censo de 1920 se registrou uma perda de 2 milhões de habitantes. Isso foi devido à Revolução Mexicana, ocorrida entre 1910 e 1920.

A taxa de crescimento aumentou drasticamente entre 1930 e 1980, quando o país chegou a registrar índices de crescimento maiores que 3% (1950-1980). A população mexicana dobrou em trinta anos, e a esse ritmo se esperava que para o ano 2000 houvesse 120 milhões de mexicanos. Diante dessa situação, o governo federal criou o Conselho Nacional de População (CONAPO), com a missão de estabelecer políticas de controle de natalidade e realizar investigações sobre a população do país. As medidas valeram, e a taxa de crescimento desceu até 1,6 no período de 1995 a 2000. A expectativa de vida passou de 36 anos a 72 anos em 2000.

No começo do século XX cerca de 90% da população vivia nas zonas rurais (aldeias, vilas e lugarejos). O censo de 1960 conseguiu dados em que, pela primeira vez, a população urbana é maior que a rural (50.6% do total). O número de pessoas que migravam constituía 96,6% da população. No censo de 1920 somavam pouco mais de 90%. Trinta anos mais tarde constituíam 80% e atualmente pouco mais de 18% dos mexicanos saem dos estados em que nasceram. Várias tendências podem explicar o processo de industrialização das cidades grandes e médias, assim como o empobrecimento gradativo do campo, ocasionado pela recessão das atividades agropecuárias. As entidades federativas que concentram maior população são Distrito Federal, Veracruz, Jalisco e Puebla. Enquanto as menos populosas são Baja California Sur, Campeche e Quintana Roo. Este último estado é um dos que apresentam uma das taxas de crescimento populacional mais altas do país, devido à indústria turística de Cancún, que concentra 50% da população quintanarroense.